segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O Menino Hórus


A
Trilha do Menino Hórus:

"Que o Olho de Hórus possa tomar a frente do deus e brilhar através de sua boca"
Textos das Pirâmides.

Muitos Historiadores odiariam se começasse o texto querendo dizer, que o estudo da história do passado, ajuda a planejar o futuro, e de certo também não cometer as mesmas cagadas do passado, no presente... Enfim, venho até aqui hoje contar a história de certo menino, herdeiro de certo trono, filho de certa mulher, que viveu em certa época em certo lugar...

...Nas distantes e antigas histórias do Egito, havia Ísis, que foi vítima de uma concepção celestial, por dormir com o seu marido Osíris (mesmo estando morto) em núpcias divinas. A benção da qual facultou Ísis, viria dar fruto a um filho que viria ser um dos grandes nomes do Egito. Ísis com medo de que Seth, a atacaria, no intuito de matar o único herdeiro do trono do qual usurpara, evoca a proteção de Ré-Atum, na esperança de salvar a vida que florescia dentro de si. Atendendo as preces, o Deus solar velou por Ísis até o nascimento de seu filho. No momento em que a luz aparecia para Hórus em seu nascimento, uma voz inebriou os céus: "Eu sou Hórus, o grande falcão. o meu lugar está longe do de Seth, inimigo de meu pai Osíris. Atingi os caminhos da eternidade e da luz. Levanto vôo graças ao meu impulso. Nenhum Deus pode realizar aquilo que eu realizei. Em breve partirei em guerra contra o inimigo de meu pai Osíris, calcá-lo-ei sob as minhas sandálias com o nome de Furioso... Porque eu sou Hórus, cujo lugar está longe dos deuses e dos homens. Sou Hórus, o filho de Ísis."

Novamente com medo de Seth, Ísis foge para a ilha de Khemis, uma natureza inóspita que conferia a Hórus um lugar seguro, visto que Seth jamais se aventuraria a uma região desértica. Para manter seu filho vivo, Ísis vê se obrigada a mendigar pela madrugada, deixando Hórus oculto entre os papiros. Uma noite ao regressar, Ísis depara-se com seu filho que jazia inanimado, levando-a então a loucura. Sem hesitar, a deusa suplica o auxílio dos aldeões, que todavia se relevam impotentes para a socorrer. Ao saber que seu filho fora picado por um escorpião que fora proclamado por Seth sendo alheio ao mal que atormentava seu filho, a pobre mãe aflita é socorrida pelo deus Toth, que quando esteve diante de Ísis e Hórus declarou: "Nada tema, Ísis! Venho até ti, armado do sopro vital que curará a criança. Coragem, Hórus! Aquele que habita o disco solar protege-te e a proteção de que gozas é eterna. Veneno, ordeno-te que saias! Ré, o deus supremo, far-te-á desaparecer. A sua barca deteve-se e só prosseguirá o seu curso quando o doente estiver curado. Os poços secarão, as colheitas morrerão, os homens ficarão privados de pão enquanto Hórus não tiver recuperado as suas forças para a ventura de sua mãe Ísis. Coragem, Hórus. O veneno está morto, hei-o vencido."Após haver banido o mal que cercava Hórus, Toth solicitou então aos habitantes de Khemis que velassem pela criança, sempre que sua mãe tivesse necessidade de se ausentar.

Quando Atingiu a maturidade, Hórus resolve vingar o assassinato de seu pai, reivindicando o legítimo direito ao trono do Egito, usurpado por Seth.
Ao convocar o tribunal dos deuses, presidido por Rá, Hórus afirmou seu desejo de que seu tio deixasse definitivamente, a regência do país, mas foi contestada por Rá.Começou então uma discução, que cada vez mais os apartava de um consenso, iniciando-se então uma prolixa e feroz disputa pelo poder, que opôs em confrontos selváticos, Hórus e seu tio.

Seth então sugeriu que ele próprio e o seu adversário tomassem a forma de hipopótamos, com o fito de verificar qual dos dois resistiria mais tempo, mantendo-se submergidos dentro da água. Escoado algum tempo, Ísis foi incapaz de refrear a sua apreensão e criu um arpão, que lançou no local, onde ambos haviam desaparecido. Porém, ao golpear Seth, este apelou aos laços de fraternidade que os uniam, coagindo Ísis a sará-lo, logo em seguida.

A sua intervenção enfureceu Hórus, que emergiu das águas, a fim de decapitar a sua mãe e, ato contíguo, levá-la consigo para as montanhas do deserto. Ao tomar conhecimento de tão hediondo ato, Rá, irado, vocierou que Hórus deveria ser encontrado e punido severamente. Prontamente, Seth voluntariou-se para capturá-lo. As suas buscas foram rapidamente coroadas de êxito, uma vez que este nem ápice se deparou com Hórus, que jazia, adormecido, junto a um oásis.


Dominado pelo seu temperamento cruel, Seth arrancou ambos os olhos de Hórus, para enterrá-los algures, desconhecendo que estes floresceriam em botões de lótus. Após tão ignóbil crime, Seth reuniu-se a Rá, declarando não ter sido bem sucedido na sua procura, pelo que Hórus foi então considerado morto.

Porém, a deusa Hátor encontrou o jovem deus, sarando-lhe, miraculosamente, os olhos, ao friccioná-los com o leite de uma gazela. Outra versão, pinta-nos um novo quadro, em que Seth furta apenas o olho esquerdo de Hórus, representante da Lua. Contudo, nessa narrativa o deus-falcão, possuidor, sem seus olhos, do Sol e da Lua, é igualmente curado.

Nas histórias, Hórus é representado sendo um homem com cabeça de Falcão. O Olho de Hórus é sempre representado no singular, tornando-se mais poderoso, no limiar da perfeição, devido ao processo curativo, ao qual foi sujeito. Por esta razão. o Olho de Hórus ou Olho de Wadjet surge na mitologia egípcia como um símbolo da vitória do bem contra o mal, que tomou a forma de um amuleto protetor. A crença egípcia refere-se igualmente que, em memória desta disputa feroz, a lua surge, constantemente, fragmentada, tal como se encontrava, antes que Hórus fosse sarado...

Sendo um Símbolo sagrado no antigo Egito, o olho direito representava o Sol e o esquerdo a Lua. O "olho" direito de Hórus era chamado de "vaca de Hathor" e servia como poderoso amuleto ou talismã, emblema do Sol Espiritual, rei do mundo, que desde seu encoberto trono vê debaixo dele todo o Universo. O Olho é símbolo do conhecimento e também da divindade, para que nada permanece Oculto. "Olho que tudo vê", para os gregos era o "Olho de Júpiter", para os pársis era o "Olho de Ormuzd". Deus Onividente, Salvador e Preservador.


O Olho Direito de Hórus representa a informação concreta, factual, controlada pelo hemisféro cerebral esquerdo. Ele lida com as palavras, letras, e os números, e com coisas que são descritíveis em termos de frases ou pensamentos completos. Ele aborda o universo de um modo masculino.
O Olho Esquerdo de Hórus representa a informação estética abstrata, controlada pelo hemisfério direito do cérebro. Lida com pensamentos e sentimentos esotéricos e é responsável pela intuição. Ele aborda o universo de um modo feminino. Nós usamos o Olho Esquerdo, de orientação feminina como o lado direito do cérebro, para os sentimentos e a intuição.

O olho de Hórus simboliza a justiça implacável do olhar que tudo vê ao qual nada escapa, tanto na vida íntima como na pública. É a representação da dedicação aos rituais e às leis, ilustrando a luta da luz contra as trevas. Símbolo também usado nos templos maçônicos, e pela A.'.A.'. Ordem da Estrela de Prata, aquela fundada por Aleister Crowley...


Aproveitando o momento, vamos homenagear
Aleister Crwoley, que este ano faz 133 anos!

"Mr. Crowley, what went on in your head?

Ohhh Mr. Crowley, did you talk with the dead..."
(Ozzy Osbourne)



Salmo 133
Oh! Como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos. É como um óleo puríssimo derramado sobre a fronte, e que desce sobre a barba, a barba de Aarão, para correr em seguida até a orla de seu manto. É como o orvalho do Hermon. Que desce pela colina de Sião; Pois ali derrama o Senhor a sua benção. E a vida para todo e sempre”.


Últimos trechos, fonte: Blog - Sedentário e Hiperativo - Teoria da Conspiração.
http://www.sedentario.org/colunas/teoria-da-conspiracao/feliz-aniversario-aleister-crowley-8888
Blog Muito Bom...

G.'.F.'.C.'.
Grande Abraço!!

Um comentário:

Fernando disse...

muito bom o texto e só lembrando que o olho de órus é presente nas mais variadas ordens existentes!
forte abraço!!!